sábado, 14 de março de 2009

Análise Devil May Cry 3 - Dante's Awakening PS2

Devo confessar que depois de algumas jogadas no Devil May Cry 2, fiquei com pé atrás quanto ao 3º game da série. O DMC2 tem uma história chatinha e o Dante parece ser “bonzinho” demais. Foi uma decepção pra maioria dos fãs. Mas a gente está falando da Capcom, criadora do Ryu, Megaman e cia. Ela com certeza não ferraria de vez a série num eventual 3º game. O jogo arrebenta e agrada qualquer fã ou não de uma boa briga contra demônios.



Produzido por: Capcom
Número de jogadores: 1
Gênero: Ação
Lançamento: 1 de março de 2005




Hell Raiser

O enredo conta a história da origem de Dante, seu irmão gêmeo mau Vergil, e da criação da sua agência, a própria Devil May Cry, antes dela se chamar assim. Aposto que tem gente que não faz idéia de que esse é o nome da agência do Dante, e não necessariamente do jogo em si... Visualmente falando, Dante e Vergil são parecidos. Mas diferença é o bem e mal que separa os dois. Enquanto Vergil é obcecado pelo poder, Dante não dá a mínima para seu lado demônio.
Sim, a história acontece antes do primeiro Devil May Cry. Dante está mais novo (dãã) e nem faz idéia do poder de demônio que carrega consigo. Por isso o subtítulo Dante’s Awakening (O Despertar de Dante). E antes que você pense que o subtítulo se refere à uma pós-noitada do Dante (hehe), devo dizer que o que está para despertar em Dante é um demônio. Lembrou do Devil Trigger? Pois é, os fãs da série podem esperar um Dante mais poderoso que nunca.




Jovem e cheio de energia

Tudo começa quando o Vergil, sem nada mais melhor pra fazer, resolver trazer ao mundo dos homens a torre dos demônios, Temen-ni-gru, onde se encontra o lacre que seu pai, Sparda, usou no passado pra separar os dois mundos. Precisa dizer que o cara quer, com isso, trazer o inferno literalmente pra Terra?
Antes disso, já está na Terra alguns demônios que, pra variar, aparecem no prédio da futura agência do “filho bonzinho” de Sparda. Daí que começa a ação onde você controla Dante em uma briga louca contra aqueles monstrengos que mais parecem A Morte do programa Pânico na TV (lembram?). Depois da briga, a ação continua do lado de fora da agência. Antes, porém, a mesma desaba deixando Dante realmente enfezado!!



A história é bem interessante sempre apresentada em cultscenes de alta qualidade chegando a rivalizar com Metal Gear Solid 3, mas com menos efeitos de luz e sombra.
As cenas de ação são extremamente bem trabalhadas, isso pode ser notado dando uma olhadela nos extras e conferindo o making off delas.


"Toma isso, montrengo! E avisa pro seu chefe que o próximo traseiro a ser chutado é o dele."

O inferno no seu PS2

Os gráficos continuam de babar, sendo um ponto forte do jogo. O visual continua detalhadíssimo com zilhões de polígonos na construção dos personagens, dos monstros, das armas, dos cenários, proporcionando o mesmo visual hardcore gótico de sempre com lutas de tirar o fôlego. Às vezes acontecem uns slowdowns quando tem muitos inimigos na tela.
DMC3 é um daqueles games que se esforçam pra arrancar bons resultados gráficos do hardware do PS2... E consegue!
Os cenários são imensos, com belos detalhes e efeitos de luz e sombra.


Você ganha esse nunchaku irado ao derrotar o Cerberus

Jogando com estilo

A jogabilidade está mais melhorada do que nunca. Você pode alternar entre duas armas, tanto de fogo (L2) quanto do tipo “melee”(R2) fazendo com que a possibilidade de combos seja grande, não dando chance pros inimigos.
Foi adicionado um sistema de estilos diferentes. São 6 no total.
Cada estilo lhe dá vantagens e desvantagens. Caso opte pelo Swordmaster você poderá fazer barbaridades com armas de corte nos combos. No estilo Gunslinger, suas armas de fogo serão usadas com mais velocidade e potência nos tiros. Claro, você pode escolher apenas um estilo de cada vez. Isso faz o jogo ter um fator replay maior ainda, já que os estilos podem ganhar experiência e lhe dar mais magias.
As armas estão presentes em número maior ainda. No inicio você tem apenas as pistolas tradicionais do Dante, mas logo consegue a Shotgun, além da espada Rebellion. Outras armas estão presentes e são inéditas como o nunchaku Cerberus recebido após derrotar o chefe do mesmo nome, e as espadas gêmeas Agni e Rudra, que são gêmeas e têm vida própria. Uma das armas mais inusitadas é uma guitarra que manda raios super nervosos. Não é à toa que o Dante diz: Let’s Rock, baby!!

Por falar em rock, a trilha sonora está pesadona no bom sentido. As músicas são puro heavy metal, com vocais e tudo mais. Mas variam pra outras mais calmas quando você está em locais mais calmos resolvendo um puzzle. Os efeitos sonoros são legais também.



Concluindo:

Mais um daqueles jogos obrigatórios para qualquer proprietário de um PS2. Entender a origem do Dante é super legal. Que bom que a Capcom não esqueceu a série depois do fraco Devil May Cry 2 e respondeu aos fãs com um jogo que revigora a série.
Ponto pra Capcom!

Gráficos: 9,0
Jogabilidade: 9,2
Som: 9,0
Diversão: 9,5
Fator Replay: 9,0
Nota final: 9,5

Prós:
>Origem do Dante detalhada.
>Gráficos do outro mundo.
>Cenas mais bem trabalhadas e em tempo real.
>Sistema de combos e estilos.

Contras:
>A câmera as vezes se posiciona demais em cima do Dante, fazendo você perder um possível graduação maior no final da fase.
>Slowdown quando junta muitos inimigos na tela.
>O jogo te obriga a repetir as fases para conseguir mais xp


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