quarta-feira, 22 de julho de 2009

Análise Call of Duty 4 PS3

De volta à ação, quero falar de um jogo. Não é apenas um jogo, é o JOGO DO ANO de 2007. Call of Duty, o fps clássico imediato de 2003 em sua quarta versão multiplataforma. Mas, como de costume, todos por aqui devem saber que sempre dou ênfase às plataformas da Sony. Não que eu seja 'ista', mas elas são sempre as mais acessíveis pra mim.
Devo confessar que, com quase 14 anos de games nas costas, eu já estava perdendo o tesão de pegar em um joystick de novo, mesmo com os super-poderes do Playstation 3 ali na minha frente me chamando. Mas esse jogo reacendeu minha sede por tiroteios...



Título: Call Of Duty 4: Modern Warfare
Produtora: Infinity Ward
Publicadora: Actvision
Lançamento: 05 de novembro de 2007
Gênero: Ação/Tiro em primeira pessoa
Plataforma: Playstation 3 (disponível também para Xbox 360 e PC)
Jogadores: 1 a 4 em tela dividida/ até 16 em rede local/on-line
Classificação etária: Adulto (violência, sangue, confronto armado)



O jogo do ano

Sim, sem exagero. No verso da embalagem do jogo está escrito essa frase com letras grandes. É não é pra menos, pois o jogo é muito bem elaborado em todos os sentidos, até o último pente de AK 47. Sim, AK! O jogo não tem mais como objetivo chutar o traseiro do Hitler e seus comparsas nos dias fatídicos da Segunda Guerra. Assim, como em Battlefield 2: Modern Combat, o jogo oferece um tema mais contemporâneo aos jogadores guerrilheiros. Com o subtítulo Modern Warfare, você é recrutado pelo capitão Mcmillan (o bigodudo bom de mira até machucado) para partir em missões em vários países no encalço de uma espécie de milícia do tipo Al Qaeda. Mas não espere dar de cara com o Bin Laden ou Saddam, pois a história é fictícia, mesmo apresentando países com traços mulçumanos. O modo Campanha oferece missões com desafios que não frustram e uma história é bem fluente. As missões ocorrem, na maioria das vezes, em cidades em escombros. Geralmente envolvendo combates cara a cara com o inimigo, a ação é super frenética, uma guerra literalmente com zilhões de elementos formando uma bagunça na sua tela. Porém algumas missões envolvem o bom e velho estilo stealth, mas nada que dê trabalho como em Metal Gear Solid, pois na maioria das vezes, ao ser descoberto pelos inimigos, a chuva de balas resolve a parada. Uma inovação um tanto bem-vinda.


A ação que rola na tela é inacreditável e tudo em tempo real com muitos detalhes



Gráficos: o poder do PS3 até o talo!

Uma das coisas que eu esperava do PS3 é os seus gráfico superiores depois de todo o alvoroço que fizeram em volta do seu processador, que prometia deixar no chinelo as placas mais avançadas de pc. E a promessa foi cumprida... O visual é realista ao extremo. Os efeitos estão por toda a parte em cenários vastos “cirurgicamente” detalhados. Sombras, luzes ambiente e de relâmpagos, reflexo de sua visão projetado na lente da sua sniper, nos seus camaradas e naquela poça d’água banal logo ali, personagens com pele e uniforme muito bem produzidos (não parecem mais bonecos de plástico com em CoD 2), explosões, tudo rodando a uma velocidade absurda, sem câmera lenta alguma. Seus reflexos são testados a cada passo com inimigos e amigos pipocando por todos os lados e a bala comendo pelos cenários com veículos destrutíveis... O queixo caído é um detalhe. Quem não conhece, vai olhar pro jogo e perguntar: “Que filme é esse?” (ouvi alguém atrás de mim perguntando isso, sério!).
Só os gráficos já compensam as duas centenas de reais que você desembolsará pela cópia do jogo aqui em terras tupiniquins.


Não fique muito tempo próximo de carros. Eles explodem quando alvejados pelo tiros

Jogabilidade: a boa de sempre...

Pessoalmente não me acostumei até hoje com o esquema das alavancas do joystick em jogos fps nos consoles, mesmo com a competência desse esquema no controle gigante do Xbox em Halo 1 e 2. Claro que com mouse e teclado, esse gênero fica bem mais prazeroso de jogar. Mas a jogabilidade de CoD 4 é ótima como sempre. Os botões estão com as mesmas funções dos títulos anteriores. Nada mudou a não ser as funções extras do D-pad como mudar para o modo lança-granadas em certos rifles, ativar visão noturna e armas “terciárias” como uma mina claymore. Uma outra novidade é a inserção do sprint quando se está em movimento a pé, bastando clicar o L3 uma vez para correr mais por um tempo determinado. Você também pode pegar no chão as granadas lançadas contra você e mandá-las de volta ao inimigo. Uma manobra arriscada, mas útil às vezes.
Outras cositas ainda estão presentes como segurar o botão de ação pra trocar sua arma equipada por outra que esteja no chão. E a coronhada foi substituida por facada.


Os efeitos de camuflagem são perfeitos. Cuidado pra não tropeçar em algum parceiro de equipe deitado na grama, hehe...

Som

Jogos nesse estilo sempre apresentam uma trilha envolvente. Com CoD 4 não é diferente. Os efeitos sonoros são cristalinos. A música dita o ritmo das batalhas e mereceria um Oscar.


Parece que alguém não está satisfeito com os EUA e quer briga. Ai que começa tudo...

Diversão

Tai o ponto que cumina a coroa de melhor jogo de 2007 para Call of Duty 4. A diversão é o mínimo que se pode esperar desse jogo. Seja on-line, seja em lan, seja contra o computador, o jogo é muito competente nesse quesito. Falando em computador, ele como parceiro de equipe nunca faz cagadas como por exemplo deixar inimigos te matarem, passar na sua linha de fogo, etc. A AI do jogo continua muito bem elaborada, considerando que você não é mais um exército de um homem só como acontecia nos primeiros Medal Of Honor's. Eles sempre farão seu papel e jamais ficaram bugados em algum local ou objeto impedindo o progresso da missão.

Ação insana, jogabilidade perfeita, desafio na medida certa. Altamente recomendado caso você esteja em dúvida em qual jogo pegar nesse país de jogos caríssimos.


Os efeitos de luz são magníficos. Os relâmpagos claream tudo e as sombras são bem reais

Avaliação:

Gráficos: 9,7
Jogabilidade: 9,6
Som: 9,8
Diversão: 10,0

Pontos fortes:

Ação frenética sem slowdown.
Gráficos limpos e rápidos sem tirar a velocidade da ação.
Jogabilidade competentíssima.
Telas de loading sincronizada com o briefing da missão.

Pontos fracos:

Faltou bots no multiplayer já que nem todo mundo pode ter um PS3 em rede, ou não tem um controle extra para desafiar um amigo em tela dividida.
Muita vezes seus parceiros de equipe "roubam" seus frags demais.


Dê um tapa no L3 para correr mais por um tempo


Quando a tela ficar vermelha, se esconda pois você está ferido. Depois de um tempo você se cura.


Tá perdido? Se liga na bússola na parte inferior da tela. Ela indica seu próximo passo

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