sábado, 7 de março de 2009

Análise God of War 2

Se você nunca jogou, nem sequer ouviu falar de God Of War, espero que suas férias de 3 anos em alguma montanha do Tibete tenham sido boas. Desenvolvido pela própria Sony nos estúdios de Santa Monica, o primeiro GoW mostra categoricamente como um bom jogo de ação deve ser feito. Dirigido por David Jaffe (Twisted Metal), o título deslumbra todo e qualquer um que experimenta jogá-lo, esbanjando mitologia grega em uma aventura cheia de desafios, com gráficos de outro mundo em uma engine igualmente inquestionável, rendendo-lhe vários prêmios das mídias especializadas. Agora vejamos a seguir os motivos pelos quais você dve conferir essa continuação, agora dirigido por Cory Barlog, o então diretor criativo do God 1.

God Of War 2
Plataforma: PS2
Lançamento: 13 de março de 2007
Jogadores: 1



Você trilhou um longo caminho até aqui. Veremos até onde você pode chegar...

"Eu sou o deus da guerra!" Ninguem grita isso melhor que o espartano Kratos (ou Cratos que, em grego significa "poder") . Em seu retorno triunfal ao PS2, ele está mais poderoso e mais furioso em um jogo mais animal quanto o primeiro. GoW 2 Divine Retribution continua o que parecia terminado no primeiro GoW. (Não leia o restante desse parágrafo se não quiser ser "spoilado") Após trilhar um looongo caminho, conseguir a caixa de Pandora e derrotar o então deus da guerra Ares, em um trato com a deusa Athena para salvar a cidade de Atenas e ter seus erros perdoados, Kratos se joga de um penhasco achando que sua vida não tem mais sentido e que assim, seus pesadelos terão fim. Mas alguma forçá o trás de volta, e ele se torna assim o novo deus da guerra tomando o lugar de Ares no panteão do Olimpo.
É ai que começa a trama de Divine Retribution, onde o caldo engrossa e os deuses do Olimpo se juntam contra Kratos alegando que um mortal não pode tomar o lugar de um deus, expulsando assim o espartano de seu trono. Esses caras nunca ouviram a expresão "os tempos mudam"? Kratos decide então procurar as Sisters of Fate, aquelas que determinam o destino, futuro e morte de qualquer ser. Com isso na caixola, Kratos parte em uma jornada para derrotar as tais irmãs, recuperar seu respeito e se vingar de Zeus (alguem ai lembrou do príncipe da Pérsia em Warrior Within, procurando desesperadamente pela imperatriz do tempo?).
Então agarre seu dual shock e vamos chutar alguns traseiros divinos (e infernais) em mais um blockbuster de Playstation 2!


As cultscenes são colossais. Esse é o Thyphon

Gráficos - a despedida do PS2 com honra, mérito e em grande estilo

Continuam belos com o antialiasing fazendo muito bem o seu trabalho mostrando toda nitidez
que o PS2 tem a oferecer. Os serrilhados continuam quase inexistentes mostrando que você
não precisa ter um televisor de alta definicão pra curtir um bom game visualmente falando.
As cultscenes receberam um trato fino mostrando o Kratos mais imponente e agressivo, e com ótimas expressões dos personagens (Emotion Engine, eu te amo até hoje, sabia?). As cg’s são simplesmente maravilhosas no mesmo patamar do GoW anterior.


Eis o colosso chefe no início do jogo. Tá vendo o Kratos ali embaixo?

A ação está mais frenética ainda mostrando bem o fôlego do PS2 pra encarar os consoles next gen. As construções se mostram tão imponentes quanto no primeiro GoW, os loadings estão ainda curtos e quase inexistentes sempre emendando uma fase à outra no melhor estilo Half-Life, sem tirar o "tesão"da diversão. Tudo isso somado aos combates em alta velocidade sem slowdown. A frame rate é mantida mesmo com uma dezena de inimigos na tela sendo fatiados por você em combos animalescos, tornando a experiência inesquecível com direito a repeteco ao terminar a aventura.




Som - pela honra de Esparta ...e do Dolby Digital! lol

Quem joga God pela primeira vez, se sente num show duma orquestra. E não é com exagero que digo. A trilha orquestrada faz você se sentir dentro de um filme do Spielberg. Cada arranjo musical cai como uma luva no momento, no ato, seja em um fatality, seja em um combo de 300 hits, seja esquentando a cuca pra decidir o próximo passo a ser dado em um puzzle. Você sempre se sentirá o.... deus da guerra graças ao som do jogo. Prepare seu melhor home-theater, pois o áudio por si só já vale metade do preço do jogo. Divino...




Jogabilidade - acha que está com sorte? Então olha bem para minhas blades!

Venhamos e convenhamos: na mídia, nada se cria, tudo se copia, né? A jogabilidade recebeu uns ups legais, copiando várias coisas de outros sucessos do gênero. Kratos pode agora usar suas novas blades para se pendurar em certos tetos, e não só em paredes. A movimentaçao por esses tetos está mais ágil graças ao botão X. E como pra baixo todo santo ajuda, escalado paredes agora é possível descer mais rápido com auxílio das lâminas, segurando R1. As correntes das Blades of Athenas agora podem ser usadas como cipós do Tarzan para atravessar certas áreas e acessar pontos mais altos. Outra mudança aparece na horas de abrir portas ou arcas. O botão agora é o R1 para arcas e R1+círculo rapidamente pra certas portas.
O minigames que eram responsáveis por parte das melhores cenas do God 1 continuam presentes e não são difíceis, e poucos são obrigatórios para o andar da carruagem. Por falar em minigames, os olhos que serviam pra aumentar seu hp a cada 6 coletados, agora podem ser conseguidos arrancados diretos dos ciclopes usado o minigame. Os minigames continuam de tirar o fôlego em lutas aéreas com inimigos em grifons e Kratos em um belo pégaso com direito a saltar de uma montaria pra outra em pleno ar.




Novas armas foram adicionadas ao jogo. Você começa apenas com as blades da Athena, como manda o figurino já que Kratos foi despojados das suas do caos e da Artemis (junto com suas skills) por Ares como vimos no finalzinho do God 1. Mas, inexplicavelmente você começa com a magia Poseidon`s Rage já no level máximo. Pior para os inimigos... Outras armas são conseguidas avançando pelo jogo (óbvio). O deus do tempo Chronos lhe oferece uma espécie de... ah, sei lá... mas solta uma bola de raios e é ótima pra enfileirar hits. Derrotanto o rei dos bárbaros (sim, ele voltou do mundo dos mortos e quer vingança pelo pescoço a menos dado por Kratos), você ganha uma espécie de martelo. Matando uma criatura chamada Typhoon, você adquire uma espécie de arco que ajuda muito. Em outra parte da história, Kratos consegue um artefato que dá slow no tempo... Principe da Grécia?
E assim por diante. Muitas melhoras na jogabilidade tornam o jogo prazerozamente jogável. Copiando ou não...

Diversão - a vingança é um prato que se come no PS2

Divertido, insano, divino! GoW 2 ficou fenomemal. Maior que o anterior como manda a lei do dvd9, a jornada sempre te deixa com gosto de quero mais, mesmo que você trave em uma certa área ou chefe. Sua sede por vingança não será saciada enquanto não consegui-la. Vale cada centavo que você guardou no seu porquinho. Batalhas, puzzles, história, som, tudo vai contribuir para que você pense duas (mil) vezes antes de querer aposentar seu PS2. A diversão eu resumirei em uma única e definitiva palavra> OBRIGATÓRIO




E por fim - agradando a gregos, troianos e o resto do globo

Sabe quando um jogo é bom e você espera que sua continuação seja superior? Sabe quando sua sede é saciada quando você finalmente coloca as mãos na continuação? Assim é Divine Retribution. Todas suas preces são atendidas pelos deuses do Olimpo. Vida longa aos magos da SCEA!




Pontos fortes
»Tudo está superior fechando com chave de ouro o reinado absoluto do PS2 perante seus teoricamente superiores concorrentes em sua geração.
»Mais chefes.
»Kratos teve sua resistência ligeiramente reduzida deixando o jogo menos fácil que o anterior.

Pontos fracos
»Cadê as legendas na cg’s e cultscenes?
»Muita complicação pra poder mandar o disco pro hd, tadinho do meu canhão...

Gráficos: 9.7
Som: 9.4
Jogabilidade: 9.3
Diversão: 9.5
Fator Replay: 9.7






Algumas curiosidades da mitologia grega em relação ao jogo

»Kratos era filha de Estige (ninfa filha de Tétis) com Prometeu, titã grego irmão de Atlas. Mas esse Kratos nào matou nenhum deus.
»As três irmãs do destino eram Clotho, Lachesis e Atropos e realmente decidiam a o destino dos seres.
»A hidra na verdade tinha várias cabeças de serpente e não uma só. Foi derrotada pelo fortão do Hércules.
»O pégaso (cavalo alado) só podia ser visto por pessoas de coração puro. O Krato não é flor que se cheire, né?
»Os ciclopes eram gigantes de um olho só, como vemos no game. Na mitologia, na verdade eram ferreiros que trabalhavam forjando relâmpagos para Zeus.
»A medusa realmente tinha serpentes no lugar dos cabelos. E quem olhasse para ela ficava petrificado. Foi derrotada pelo herói Perseu olhando para ela através do reflexo dum escudo. Ele era bom, heim?
»O colosso que você enfrenta no início do God 2 é uma estátua de Hélios, deu do sol, para proteger a cidade de Rhodes. Todas as embarcações que chegassem à cidade passavam obrigatoriamente por baixo dela entre seus pés, que formavam o canal de entrada.

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